Alckmin: reajuste dado a policiais é o máximo possível

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que o reajuste de 27,7% aos policiais, anunciado hoje, é o máximo que a administração estadual pode conceder à categoria. Em anúncio feito no Palácio dos Bandeirantes, Alckmin lembrou que a inflação em 2010 foi de 6,47%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e que o Brasil não vive neste ano um crescimento robusto como no ano passado. “Nunca é o ideal, mas eu acho que esse é um esforço permanente que a gente tem de fazer para poder avançar”, disse. “É o máximo que nós pudemos fazer, nós estamos há meses trabalhando.”

O valor do reajuste anunciado hoje não agradou delegados e policiais civis. O Sindicato dos Delegados de Polícia (Sindpesp) e a Associação dos Delegados de Polícia do Estado (Adpesp) alegam que a correção anunciada está longe de repor a inflação dos últimos anos e não tira São Paulo da condição de deter um dos piores salários para a categoria do País. Os delegados se reúnem amanhã em assembleia na sede da Adpesp, na capital paulista, para analisar o aumento e discutir se organizam uma greve. Para a Representação Coletiva dos Policiais Civis de São Paulo, que representa os agentes civis na negociação salarial, os 15% de aumento para esse ano deixariam a categoria satisfeita se fossem repetidos anualmente até 2014.

Geraldo Alckmin ressaltou que o reajuste total (de 27,7% – que inclui os 15% deste ano e mais 11% no ano que vem) concedido à categoria tem um impacto total de R$ 1,1 bilhão na folha de pagamento do governo estadual e que o aumento, normalmente concedido no final do mandato, foi realizado no término do primeiro semestre de sua gestão.

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