Cubatão – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), reafirmou ontem, em Cubatão, na Baixada Santista (SP), que é favorável à alteração do indexador que corrige as dívidas dos estados e municípios, mas que é contra mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Segundo Alckmin, o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), fator de correção atual das dívidas renegociadas com a União, "é sempre maior que os outros índices e é muito contaminado pela questão do câmbio". Ele inaugurou a nova subestação de energia elétrica da Carbocloro, que tornará possível o aumento de 40% na produção da empresa.
Alckmin defendeu a manutenção da LRF por entender que "ela foi um ganho de qualidade para a cidadania porque ninguém tem o direito de comprometer o futuro e as novas gerações". Ao mesmo tempo, condenou o calote nas dívidas, "pois isso não ajuda o País". O governador de São Paulo entende, porém, que é necessária a discussão sobre a correção monetária dos estoques dos débitos dos governos dos estados e prefeituras.
"Quando, em 2002 e 2003, o dólar disparou e o risco Brasil foi lá em cima, o IGP-DI acumulado em 12 meses foi de quase 30%, isto é, a mesma dívida foi aumentada em 30%", disse, lembrando que os vários índices que medem a inflação "tendem, no tempo, a aproximar-se, mas nem sempre isso acontece". "Mesmo que isso fosse verdade", continuou, "é preciso um tempo para a aproximação desses índices."
Contrário a alterações na LRF e ao calote, Alckmin pregou a troca do indicador por outro, como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ou a ampliação do prazo de adaptação para que os indexadores se aproximem e as distorções, como a de 2002 e 2003, sejam corrigidas.
