O governador Geraldo Alckmin (PSDB) pôs nas mãos de São Pedro a sorte do abastecimento da Grande São Paulo no início do próximo ano. Segundo ele, mesmo com o uso do volume morto do Sistema Cantareira e com o socorro dos sistemas interligados, a região metropolitana só tem água para quatro meses. “Chegaremos até o final do ano (com água), isso imaginando que não chova, mas é evidente que tem chuva”, afirmou nesta quinta-feira, 21, durante vistoria às obras de captação da chamada reserva estratégica na Represa do Atibainha, em Nazaré Paulista.

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Em abril deste ano, quando anunciou a utilização do volume morto do Cantareira, o governador apostava que teria água suficiente para chegar até março de 2015. Na segunda-feira, 18, em entrevista no Estadão, Alckmin já havia reduzido o prazo. “Estamos preparados para chegar (com água) até o começo do ano que vem.” Nesta quinta, enquanto observava as bombas sugarem 20 metros cúbicos por segundo da chamada reserva estratégica do Cantareira na represa de Nazaré Paulista, o governador reclamava de um mês de agosto muito seco. “Foi um mês duro”, disse, sob o sol escaldante e um céu sem traço de nuvens. Em suas contas, Alckmin se apega ao fato de ainda ter disponível a segunda fase do volume morto, com mais de 200 bilhões de litros.

A aposta do governador, candidato à reeleição em outubro, é que as chuvas comecem a voltar a partir de setembro. O secretário de Recursos Hídricos, Mauro Arce, que acompanhava Alckmin, disse que são esperadas algumas chuvas em setembro, embora as previsões indiquem um mês mais seco que a média. “Mês de setembro que não chove nada é muito raro”, disse. Arce admitiu que a temporada de chuvas mais frequentes deve começar só em novembro, com o ápice em fevereiro de 2015. “Esperamos que chova muito nesse mês”, afirmou.

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