O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse hoje que a morte do servente Paulo Batista Nascimento, 25, ocorrida anteontem na capital, tratou-se de uma “execução” de policiais militares.
“Nós tivemos um caso de execução de um preso por parte de um policial militar, e isso é intolerável. A Polícia Militar já prendeu toda a equipe, poucas horas depois da descoberta do fato”, disse ele, que prometeu uma punição severa aos responsáveis.
Nascimento foi detido por policiais militares em uma casa na região do Campo Limpo (zona sul). Era suspeito de participar da troca de tiros com PMs momentos antes. Vídeo amador divulgado pelo “Fantástico” mostra a vítima sendo encurralada em uma casa. Em seguida, o servente aparece morto.
O boletim de ocorrência registrava que ele tinha fugido e achado morto mais tarde.
De acordo com o governo, os cinco policiais que participaram da ação estão presos e responderam a processo. Administrativamente, segundo ele, os responsáveis pelo crime serão expulsos.
Parceria
Alckmin e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, assinaram na tarde de hoje o documento que estabelece o entendimento entre os governos estadual e federal no combate ao crime no Estado.
A reunião ratificou as ações que já haviam sido acordadas durante encontro realizado entre os governos na última terça-feira.
Além do governador e do ministro da Justiça, assinaram o documento o presidente do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, Ivan Sartori, e o procurador-geral do Ministério Público de São Paulo, Márcio Elias Rosa.
De acordo com o governador, uma das medidas, a participação da área de inteligência da PF, está em desenvolvimento e “será detalhadas de acordo com a evolução das ações”.
Cardozo voltou dizer que pontos estratégicos das medidas adotadas não serão revelados para manter sua eficácia. Mas revelou que as ações de contenção, que vão identificar os pontos de entrada de drogas e armas do Estado, já estão em andamento.