Maputo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereceu ontem ao presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, uma aliança na “guerra duradoura” contra a aids. “É uma guerra, eu diria, duradoura, prolongada, porque ainda não conseguimos a vacina para colocar um fim nisso. É uma guerra em que se precisa de muita educação, muita informação, e as pessoas têm que estar muito convencidas de que, antes de pegar o vírus, elas são as únicas responsáveis para evitar que o vírus penetre no seu sangue”, destacou o presidente.
Lula deu essas declarações durante visita ao Hospital Central de Maputo. Após entregar medicamentos doados pelo Brasil para o tratamento de 100 pacientes do hospital que estão com aids, o presidente Lula convidou o presidente Chissano para enfrentarem juntos a briga contra o vírus. “Nós vamos fazer um esforço para arrumar parceiros e construirmos aqui uma fábrica que possa produzir os remédios necessários para fazer o coquetel, que tem diminuído muito a mortalidade no meu país, e certamente vai diminuir aqui também. E acho que isso é uma coisa urgente”, acrescentou Lula.
Ao se referir aos custos da fábrica para produção de medicamentos para enfrentar a aids, Lula disse que recebeu informações do ministro da Saúde, Humberto Costa, de que a fábrica deve custar cerca de US$ 23 milhões. “Não estamos falando em nenhuma quantia absurda”, disse Lula.
Depois de Moçambique, Lula foi para a Namíbia, onde foi recebido com música por um coral gospel da Igreja Luterana e grupos folclóricos, no aeroporto de Windhoek. Em sua fase final, a missão brasileira à África deixou ontem território lusófono para entrar em duas nações de língua inglesa, Namíbia e África do Sul.