Brasília – O plantio de soja e algodão transgênicos traz benefícios econômicos e ambientais, na opinião do presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), o engenheiro agrônomo Ywao Miyamoto. Para ele, com a maior resistência a pragas e doenças e, por conseqüência menor uso de agrotóxicos, o plantio de transgênicos ajuda a proteger o meio ambiente e a saúde dos trabalhadores.

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?Atualmente, o uso da soja transgênica permite que a agricultura use herbicida e inseticida de baixa toxicidade. Isso é bom para quem trabalha na lavoura", disse em entrevista à Rádio Nacional. Segundo ele, além disso usa menos trator no manejo, o que reduz a emissão de gás carbônico.

O diretor executivo da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec), Ivo Marcos Carraro, também destaca que o plantio de transgênicos reduz entre 10% e 15% o custo total da lavoura. ?Apesar disso, o agricultor leva em consideração outros fatores, como a redução do uso de produtos químicos?, afirmou em entrevista à Rádio Nacional.

Para Carraro, ?a cada ano as pressões [contra o uso de soja transgênica] vão diminuindo?. Segundo ele, porque os produtos geneticamente modificados passam por vários testes para garantir a qualidade. ?Os produtos que entram no mercado, depois de aprovados pelos órgãos de biossegurança, são mais seguros porque passam por muito mais testes do que qualquer produto convencional?, disse.

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Carraro revelou que atualmente 60% da soja plantada no Brasil, segundo maior produtor mundial, é transgênica. ?A tendência é de aumentar o uso?. Nos Estados Unidos, país que mais produz soja, o índice é de 90% e na Argentina, terceiro lugar em produção, cerca de 98%.