Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retoma hoje as negociações para a aguardada reforma ministerial. No final da tarde recebe no Palácio do Planalto o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT) e o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), nome mais forte para o comando do Ministério da Integração Nacional, hoje sob influência do PSB. Em seguida, o presidente se reúne com o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), que apresenta as reivindicações do partido.
Por causa da agenda repleta, será difícil para Lula fechar a reforma ministerial ainda nesta semana. Amanhã, o presidente vai se reunir com os governadores. Na quinta-feira, acompanhará a visita oficial do presidente da Alemanha, Horst Köhler, a Brasília. Na sexta Lula estará em São Paulo, onde se reunirá com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Para concluir a montagem de sua nova equipe, o presidente ainda depende de uma série de encontros com políticos e de pequenos acertos com os partidos que apóiam o governo.
Espaço
Um dos problemas que afligem Lula é a reivindicação do PT de encaixar a ex-prefeita Marta Suplicy no primeiro escalão. O partido já ocupa 15 dos 34 ministérios, mas sonha em obter para Marta o Ministério das Cidades, pasta hoje comandada pelo PP, que não abre mão de seu espaço. É possível que, depois de conversar hoje com Berzoini, Lula receba na quinta-feira um grupo de dirigentes petistas.
Quanto ao PDT, que aguarda a sua fatia no primeiro escalão, Lula pensa em lhe oferecer o Ministério da Previdência, mas ainda pretende conversar novamente com o presidente do partido, Carlos Luppi, que deseja o cargo. O presidente, por sua vez, preferia entregar a pasta ao comando do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).