Olho aberto

Agência suspende 22 planos de saúde em todo o Brasil

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspende, a partir de quarta-feira (20), a comercialização de 87 planos de saúde de 22 operadoras por não cumprimento dos prazos máximos de atendimento e por outras queixas de natureza assistencial, como negativas indevidas de cobertura. Na mesma data, 34 planos de saúde que estavam com a comercialização até então suspensa poderão voltar a ser comercializados, já que houve comprovada melhoria no atendimento ao cidadão.

Neste 13º ciclo do programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento, a medida protege aproximadamente 3,2 milhões de beneficiários que estão vinculados aos planos com comercialização suspensa, tendo em vista que as operadoras terão que resolver os problemas assistenciais para que possam receber novos beneficiários. Há hoje no país 50,8 milhões de consumidores com planos de assistência médica e 21,4 milhões com planos exclusivamente odontológicos.

“O programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento deve sempre acompanhar a evolução do setor de saúde suplementar e, dessa forma, manter-se como uma medida preventiva eficaz na proteção dos consumidores”, avalia a diretora-presidente substituta da ANS, Martha Oliveira.

Desde o início do programa, 1.099 planos de 154 operadoras já tiveram as vendas suspensas. Outros 924 planos voltaram ao mercado após comprovar melhorias no atendimento.

“Trata-se de um mecanismo de monitoramento do setor, que visa à mudança de comportamento das empresas. O consumidor tem que ter acesso a tudo o que contratou com qualidade e em tempo oportuno”, enfatiza o diretor de Normas e Habilitação dos Produtos, José Carlos Abrahão.

Detalhamento das medidas

Das 22 operadoras com planos suspensos neste novo ciclo, 8 já tinham planos em suspensão no período anterior, 14 operadoras não constavam na última lista de suspensões. Destas, 11 terão a comercialização de planos suspensa pela primeira vez. A medida é preventiva e perdura até a divulgação do 14º ciclo. 

A mediação de conflitos agiliza a solução de problemas do beneficiário de planos de saúde. Com a notificação, as operadoras são comunicadas diretamente pelo portal da ANS, em espaço próprio, onde acompanham as demandas. O prazo máximo para a adoção das medidas necessárias à solução da reclamação é de até 5 dias úteis em casos assistenciais e de até 10 dias úteis para não assistenciais. A contagem do prazo começa no primeiro dia útil seguinte à data da notificação. É importante esclarecer que os prazos da mediação de conflitos não comprometem o tempo máximo de atendimento que deve ser cumprido pela operadora.

Além de ter a comercialização suspensa, as operadoras que negaram indevidamente cobertura podem receber multa que varia de R$ 80 mil a R$ 100 mil.

Saiba quais foram os planos

Allianz Saúde S/A

Associação Auxiliadora Das Classes Laboriosas

Coopus – Cooperativa De Usuários Do Sistema De Saúde De Campinas

Good Life Saude Ltda

Ecole Serviços Médicos Ltda

Irmandade Da Santa Casa De Misericórdia De Mauá

Itaguaí Saúde Ltda

Medisanitas Brasil assistência integral à saúde S/A.

Minas Center Med Ltda

Odontoprev S/A

Operadora Unicentral de planos de saúde Ltda

Plena Saúde Ltda

Promed Assistência Médica Ltda

Salutar Saúde Seguradora S/A

Saúde Sim Ltda

Unimed Itabuna Cooperativa De Trabalho Medico

Unimed Paulistana Sociedade Cooperativa De Trabalho Médico

Unimed Recife Cooperativa De Trabalho Médico

Unimed-Rio Cooperativa De Trabalho Medico Do Rio De Janeiro

Vitallis Saúde S/A

W.S. – Administradora de planos de saúde e odontológico Ltda

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