Análise técnica feita pela agência fiscalizadora isenta a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) de distribuir água na região metropolitana com pressão abaixo do definido por norma, conforme o jornal O Estado de S. Paulo revelou em 7 de fevereiro.

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Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a pressão mínima na rede pública de distribuição deve ser de 10 metros de coluna d’água (mca), índice que indica a altura que a água alcança na tubulação.

Com o racionamento feito pela Sabesp por meio da redução da pressão e do fechamento manual da rede, a pressão cai para até 1 mca, segundo admitiu o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, no dia 25 de fevereiro, na CPI da Câmara Municipal. Até então, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmava que a empresa cumpria “rigorosamente” a norma.

Para a Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp), controlada pelo governo Alckmin, pressões da água inferiores à mínima “podem ser aceitas desde que justificadas técnica e economicamente”, como “com as restrições atuais da crise hídrica”.

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“Importante destacar que a manutenção das redes pressurizadas, mesmo em patamares mínimos até 1 mca, evita a entrada de materiais estranhos na rede que poderiam comprometer a qualidade da água distribuída à população”, destaca a Arsesp.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo em fevereiro, um dirigente da Sabesp disse que o fechamento manual da rede pode acabar “despressurizando pontos mais altos” da cidade, o que eleva o risco de contaminação da água por infiltração. A Arsesp disse que ainda fará neste mês fiscalização de campo para ver se há despressurização na rede da Sabesp. Já a estatal informou que nos locais onde não há Válvula Redutora de Pressão (VRP) instalada – 55% da rede – é feito “fechamento parcial dos registros, mantendo-se a pressurização mínima na rede”.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.