Problemas de edificações nas proximidades do aeroporto, uma pista com problemas, dúvidas quanto à segurança em pouso de grandes aviões e dificuldades de ampliação. Não se trata de Congonhas – aeroporto que começa hoje a descentralizar rotas, após a tragédia com o Airbus A320 da TAM que matou 199 pessoas – mas de sua principal alternativa, Cumbica. O aeroporto de Guarulhos, segundo especialistas, também tem problemas e está muito próximo do limite de operação.

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Na semana passada, TAM, Gol e Varig anunciaram o remanejamento de 52 vôos para Guarulhos. O aeroporto de Cumbica deve ser o aeroporto a receber, inicialmente, a maior parte dos vôos transferidos de Congonhas, absorvendo 30% do movimento. Isso deve levar Cumbica a chegar a um pico de 100 pousos e decolagens por hora, 33 movimentos por hora a mais do que a média atual. Essa movimentação só acontece hoje nos horários de pico – entre 7 e 10 e entre 21 e 23 horas.

Para dar conta dessa movimentação, sobram problemas. A pista mais extensa de Cumbica, com 3.700 metros de comprimento e quase 20 anos de uso, está com a capa de rolamento gasta. O desgaste dessa camada de asfalto torna o piso vulnerável, sujeito a fissuras, buracos e ao desprendimento de pedras durante a operação. O conserto provisório do piso da pista – as chamadas operações tapa-buraco – é feito rotineiramente. Mas a freqüência do serviço não é suficiente para deixar a pista livre de problemas.

A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) admite que a pista está com a vida útil próxima do fim. Tanto que já concluiu a licitação para a reforma da pista, inicialmente prevista para começar em maio. Adiada primeiramente para o dia 10 e depois para 23 de julho, o cronograma de obras foi atropelado pelo acidente da TAM em Congonhas.

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No ano passado, Cumbica atendeu 15,5 milhões de passageiros, índice que beirou a capacidade do terminal, que é de 16 milhões de passageiros por ano. Caso venham os 1,5 milhão previstos de Congonhas, pode ultrapassar a capacidade.