Aeronáutica tenta impedir acesso a fitas do Cindacta

O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, disse há pouco que ingressou com um pedido de suspensão de liminar no Tribunal Regional Federal (TRF), em São Paulo, para impedir que a juíza Maria Isabel do Prado, da Segunda Vara federal de Guarulhos, tenha acesso às fitas gravadas de conversas e procedimentos do sistema aéreo. O pedido de suspensão de liminar, segundo ele, foi feito por meio da Advogada Geral da União (AGU) contra a decisão de Maria Isabel, que determinou a busca e apreensão no Cindacta 1 e nos aeroportos de Cumbica e Congonhas de documentos a respeito do tráfego aéreo nesses aeroportos.

O comandante disse que foi surpreendido com a decisão da Justiça. Até o momento, como informou, a liminar concedida pela juíza não foi formalizada à Aeronáutica e nem à AGU. Ele advertiu que esse tipo de procedimento pode prejudicar os passageiros. Segundo o comandante, essas fitas "nas mãos de pessoas não qualificadas" podem se tornar perigosas. São fitas com gravações de todas as conversas entre operadores e dos procedimentos do sistema de tráfego aéreo e das aeronaves, ou seja, tudo o que se passa no controle do sistema aéreo. "O que eles vão analisar? Conversações?", indagou.

Questionado sobre quem seriam as pessoas qualificadas para analisar esses dados respondeu: "Nós somos os qualificados. Para que interessa a eles? Interessa, sim, para nós, que precisamos saber por que esse ou aquele procedimento foi tomado. Muitas vezes são para correção de erros de procedimento", disse Saito. Ele disse ter certeza que a liminar será suspensa e que a Aeronáutica conseguirá os documentos de volta.

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