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Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Transmissão do cargo para o novo comandante Juniti Saito aconteceu ontem, em Brasília.

O novo comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, disse ontem, após a cerimônia de transmissão do cargo, que o Comando da Aeronáutica não pleiteia que a atividade do controle do espaço aéreo seja de sua exclusividade. Mas ressaltou que ?não podemos fugir à nossa responsabilidade de manter a soberania nacional em um patamar condizente com a importância do Brasil?. Para o novo comandante da Aeronáutica, qualquer modificação de maior vulto nessa área estratégica ?certamente será fruto de uma criteriosa análise técnica, financeira e operacional por parte de todos os órgãos de governo envolvidos?.

Em rápida declaração à imprensa, o novo comandante da Aeronáutica disse que resgatará o processo e aquisição de novos caças para defesa do território. Ele disse, também, que o Comando da Aeronáutica dará prosseguimento à implantação de novas unidades da Força Aérea na região Amazônica, para ampliar a capacidade de vigilância sobre aquela área, ?de riquezas genuinamente brasileiras?.

O novo comandante prometeu ainda dar continuidade ao aprimoramento técnico-operacional de seus integrantes. No início de sua declaração à imprensa, ele lembrou que assumia o cargo em um ?momento especial?. Em seguida fez questão de elogiar a gestão do antecessor, brigadeiro Luiz Carlos Bueno. Segundo o comandante, a FAB incorporou novas aeronaves durante a gestão anterior ?em um ritmo que há muito tempo não se via?.

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E prometeu: ?Cabe a mim dar continuidade a esse processo de modernização de nossos equipamentos para que a sociedade brasileira tenha um força aérea condizente com o tamanho e a importância do País. Estamos atentos às novas aeronaves no mercado internacional e logo resgataremos o processo de aquisição dos novos caças para a defesa do nosso território, com o conhecido projeto F-X?, disse .

Arquivado inquérito contra controladores

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Brasília (AE) – A promotora Ione de Souza Cruz, da Justiça Militar, decidiu arquivar o inquérito policial militar (IPM) aberto pelo Comando da Aeronáutica para tentar enquadrar os sargentos controladores por ?supostas práticas de condutas caracterizadoras de crimes? que teriam produzido o caos nos aeroportos no final do ano passado. Ao rejeitar o enquadramento dos controladores em quatro artigos do Código Penal Militar, cujas penas vão até cinco anos de reclusão, a promotora afirma, em sua despacho, que ?inexistem indícios de autoria para os crimes militares? e que ?a tão propalada greve, seja branca, roxa ou azul-céu, não ocorreu?.

A promotora afirma que, ?embora eficaz, o controle de tráfego aéreo vem atravessando, ao longo do tempo, uma crise de falta de pessoal e de material, que provocou nos profissionais da área ?grande sentimento de frustração e desmotivação?. De acordo com Ione, o caos nos aeroportos ocorreu por desorganização das atividades civis – e relaciona o fato à proposta de desmilitarização do setor. Para ela, o acidente com o Boeing da Gol ?foi inescrupulosamente utilizado para que tais interesses, especialmente o de desmilitarização dos controladores e transferência da atividade para um ministério civil, fosse trazido à discussão e apresentado como solução mágica?.