Brasília – O movimento no espaço aéreo do Aeroporto de Congonhas e o nível de chuva não estavam num nível perigoso na hora do acidente com o avião da TAM, disse o coronel Carlos Minelli de Sá, chefe do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo. Ele prestou estes esclarecimentos em coletiva convocada nesta quinta-feira (19) pela Aeronáutica, em seu auditório em Congonhas, para tirar dúvidas que restaram da entrevista de ontem.

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Três aeronaves viajavam em direção ao aeroporto e aguardavam ser seqüenciadas para pouso, com distância de dez milhas entre cada uma delas. Outras cinco aguardavam para decolar. O índice pluviométrico entre 17 e 18 horas era de 1 milímetro, o equivalente a um litro de água por metro quadrado de solo, e caiu para 0,6 milímetros das 18 às 19 horas. O coronel afirmou que estes dados dentro do normal. E esclareceu que esta medida de 1 milímetro não equivale à espessura da lâmina d´água na pista.

Minelli afirmou que as freqüências de comunicação da torre de controle estavam operando normalmente, sem sofrer interferência de rádio, e que a equipe da torre era habilitada e tinha condições de ocupar e operar todos os postos. Revelou também algumas informações de diálogos entre pilotos e controladores que já haviam sido veiculadas pela imprensa.

Às 17h04, o piloto de um avião da Gol (vôo 1697) informou que a pista principal de Congonhas estava escorregadia. Três minutos depois, a torre suspendeu as operações de pouso e decolagem e solicitou que a Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) avaliasse as condições.

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Às 17h20, a Infraero informou que a pista estava em condições de operação e era seguro retomar as atividades. Até o momento do acidente, às 18h50 40 pousos e decolagens foram realizados na pista principal, além de 11 na auxiliar.

No dia seguinte ao acidente, uma aeronave-laboratório do Grupo Especial de Inspeção ao Vôo (Geiv) realizou um vôo de verificação dos equipamentos de navegação e comunicação e atestou que estava tudo normal.

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Também participaram da entrevista Jorge Kersul, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), e Antônio Carlos Bermudes, chefe de comunicação social da Aeronáutica.