O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), reforçou nesta quinta-feira (6) o argumento da responsabilidade do PSDB no processo de votação no Senado da proposta que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. "Garanto a vocês uma coisa: nós vamos chegar unidos ao final desse processo. E acho que esse debate interno amadurece o partido. Nós somos um partido de quadros, um partido que tem responsabilidade para com o País. Não somos franco-atiradores, não queremos que esse país viva um caos", disse.
O governador mineiro conversou por telefone sobre o assunto com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e no final da tarde se reuniu com o presidente nacional da legenda, Sérgio Guerra (PE), e o senador Eduardo Azeredo (MG). Guerra sugeriu que a decisão final em relação ao chamado imposto do cheque não será tomada exclusivamente pela bancada no Senado. E, como defende o governador, prometeu que a discussão interna ocorrerá "até o dia em que for votar a CPMF".
"Não é apenas uma questão da bancada de senadores ou da bancada de deputados federais. É também uma questão dos governadores. Nós viemos aqui para informar o governador Aécio e para ter em relação ao assunto a palavra dele". Embora tenha reafirmado que a proposta apresentada foi "insuficiente", ele elogiou o encaminhamento das negociações pelo governo, que "tem procurado uma condução lógica, tranqüila e segura com o PSDB".