Após a reunião de segunda-feira com o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), o governador mineiro Aécio Neves (PSDB) definiu como ?pós-Lula?, não ?anti-Lula?, seu projeto presidencial para 2010. O governador avalia que o Brasil se tornou um país otimista e dificilmente vão prosperar candidaturas de oposição radical ao presidente. Daí a sua definição de ?candidato pós-Lula? – que o PMDB pode assegurar -, não de ?anti-Lula?, que se caracterizaria por uma aliança com o DEM.

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Segundo disseram fontes peemedebistas com acesso a detalhes da conversa, Aécio indicou que gostaria de ter ?suporte? do PMDB, na hipótese de que sua candidatura pelo PSDB seja inviabilizada na disputa com o governador paulista, José Serra. Temer e Aécio conversaram em jantar na casa do ex-deputado Jorge Yunes, em São Paulo, testemunhado pelo líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e pelo ex-deputado Delfim Netto. Os peemedebistas saíram do jantar certos de que Aécio botou a candidatura na rua.

O governador fez relatos da conversa – avaliada como ?muito boa? por Temer – a dirigentes do PSDB, entre os quais o líder da bancada na Câmara, José Aníbal (SP), e o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE). A prioridade de Aécio é obter a nomeação como candidato à presidência pelo PSDB com a perspectiva concreta de ter o PMDB como aliado preferencial.

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