Advogados presos com Nem podem ser expulsos da OAB

Portadores de inscrição na seção fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), os três homens presos com o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, no fim da noite de ontem, já respondem a processo administrativo e poderão ser expulsos da entidade.

A OAB-RJ instaurou hoje pela manhã processo de suspensão preventiva contra eles – que não tiveram a identidade revelada pela Polícia Federal. Caso venham a ser excluídos da entidade, os três ficarão proibidos de exercer a advocacia.

O presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da entidade, João Baptista Lousada Câmara, explicou que o processo de suspensão contra os três homens será julgado na próxima quinta-feira. Posteriormente, os autos deverão ser remetidos para o conselho seccional da OAB-RJ – que poderá propor, em até 90 dias, a exclusão e o cancelamento da inscrição dos três.

“Estou esperando o material chegar da Polícia Federal”, disse Lousada Câmara. “Os três terão direito de defesa plena. O nosso dispositivo é quando o ato praticado pelo advogado gera uma repercussão prejudicial à advocacia”.

Congo – As embaixadas da República Democrática do Congo e da República do Congo (Brazzaville) – duas nações africanas distintas – negaram ter representações diplomáticas no Estado do Rio. Um dos advogados presos com Nem chegou a se apresentar como “cônsul honorário do Congo no Rio” e recusou-se a ter seu carro revistado por ter imunidade diplomática – segundo a polícia.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a embaixada do Congo (Brazzaville) enviou uma nota negando qualquer relação com o homem preso com Nem. Por telefone, funcionário da Embaixada da República Democrática do Congo informou à reportagem também não ter representação no Rio, mas ressaltou que os diplomatas do país esperariam notificação da Polícia Federal para se manifestar oficialmente.

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