Advogados apresentam relatório em defesa de Renan Calheiros

Brasília – Os advogados de defesa do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgaram nesta quinta-feira (14) um relatório contendo recortes de matérias de jornais e documentos apresentados pelo senador em sua defesa. O material tem 30 páginas e é "Memorial Ilustrado".

O documento rebate acusações como o pagamento por terceiros de contas pessoais de Renan e o suposto envolvimento do parlamentar com a empresa Gautama, empreiteira apontada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público como operadora de um suposto esquema de desvios de verbas para a realização de obras públicas. Refuta, ainda, a acusação de que o presidente do Senado teria modificado declarações de seu Imposto de Renda para justificar sua renda.

Sobre a informação divulgada pela revista Veja de Cláudio Gontijo (funcionário da empreiteira Mendes Júnior e amigo pessoal de Renan) pagaria por mês R$ 12 mil à jornalista Mônica Veloso, com quem o senador teve uma filha, o advogado Eduardo Ferrão apresentou um cheque do senador nominal à jornalista e o comprovante de um depósito de R$ 3 mil, feito em 25 de janeiro de 2006, para a conta corrente dela.

O relatório também apresenta uma cópia de parte de um Demonstrativo de Pensão Alimentícia em favor da jornalista, expedido em fevereiro de 2006 pelo Senado Federal, no valor de R$ 3.091,33.

Sobre os R$ 100 mil que Renan disse ter pago para a criação de um fundo cuja a finalidade seria prover gastos futuros com a filha, a defesa dele apresentou dois recibos de pagamentos de R$ 50 mil cada, datados de 24 de maio e 27 de maio de 2006. Os documentos foram assinados por Mônica Veloso e pelo advogado dela, Pedro Calmon Mendes, que chegou a desmentir o pagamento destes valores.

No que diz respeito à suposta vinculação do parlamentar com a empresa Gautama, a defesa de Renan apresentou uma certidão expedida em 12 de junho de 2007 pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Alagoas. O documento mostra que nas prestações de contas do parlamentar nas campanhas eleitorais de 1994 e 2002 não constam doações da empreiteira e nem da empresa Mendes Júnior.

O escritório de advocacia também apresentou um documento, expedido no último dia 8 pela Secretaria da Receita Federal, que mostra que Renan não fez qualquer retificação na declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física, entregue entre 1º de maio.

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