Terminou por volta das 14 horas desta segunda-feira, 22, a etapa das alegações preliminares da defesa e da Promotoria no julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de matar e sumir com o corpo de Eliza Samudio, ex-amante do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza. A juíza deu um intervalo de uma hora para o almoço. O julgamento acontece no Fórum Pedro Aleixo, em Contagem (MG), o mesmo onde Bruno foi condenado a 22,3 anos de prisão e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, a 15 anos.
Primeiro, o advogado de Bola Ercio Quaresma criticou a atuação do Ministério Publico, comparando-a a Inquisição, e defendeu o adiamento do julgamento. Para ele, o motivo é a existência de investigações em andamento sobre a participação de outros supostos envolvidos no caso: os policiais José Lauriano, o Zeze, e Gilson Costa.
O promotor Henry Vasconcellos disse que as investigações “suplementares visam a mais ampla reunião de provas de coautoria de outros dois parceiros do réu”. Ele disse também que a defesa age como se estivesse antecipando a fase dos debates. Mais cedo,
a testemunha que não havia comparecido ao Fórum de Contagem, o jornalista José Cleves, foi encontrada iria depor.
O depoimento de José Cleves faz parte da estratégia de tentar desqualificar o então chefe das investigações da época do desaparecimento de Eliza, delegado Edson Moreira. Para a defesa, Moreira, que hoje é vereador, tem uma perseguição pessoal com Bola. Cleves foi acusado de matar a mulher, mas depois acabou inocentado. O caso também foi conduzido por Edson Moreira. No início de julgamento, o advogado de Bola chegou a pedir à juíza Marixa Rodrigues o adiamento do júri, o que ela negou.