Caso Eloá

Advogada de Lindemberg diz que juíza deveria voltar a estudar

No segundo dia do julgamento de Lindemberg Alves, acusado de matar Eloá Pimentel em outubro de 2008, a advogada de defesa do réu bateu boca com a juíza Milena Dias, responsável pelo caso.

Ao longo do julgamento, a advogada de defesa de Lindemberg, Ana Lúcia Assad, tentou fazer mais uma pergunta para a perita Dairse Aparecida Pereira Lopes, que falava sobre a arma apreendida no dia do crime, mas teve o seu pedido negado pela juíza.

Assad disse então que queria, pelo princípio da verdade real, inquirir novamente a testemunha. Foi então que a juíza retrucou dizendo que esse princípio não existia, “pelo menos eu não o conheço com esse nome”, disparou. Foi então que a advogada retrucou. “Eu acho que a senhora deveria voltar a estudar”.

Depois do bate boca a procuradora Daniela Hashimoto se manifestou e pediu para a advogada tomar cuidado com as declarações, que poderiam ser interpretadas como desacato, permitindo assim uma ação por parte da promotoria contra a advogada. Antes da perita foram ouvidos os jornalistas Márcio Campos e Rodrigo Hidalgo.

A família

Requisitada como testemunha no julgamento, Ana Cristina Pimentel não foi ouvida pela juíza. A advogada que havia arrolado a mãe de Eloá a dispensou sem maiores esclarecimentos.

O irmão caçula de Eloá, Everton Douglas, contou em juízo que Linderberg tinha a intenção de matar todos caso a polícia invadisse o apartamento.

Já outro irmão Eloá, Ronickson Pimentel, definiu Lindemberg como um monstro. “Ele é louco, vingativo e muito agressivo”, disse.

No segundo dia do julgamento, já foram ouvidos dois irmãos de Eloá (Ronickson Pimentel e Everton Douglas Pimentel), Nayara Rodrigues, Vitor Lopes e Iago de Oliveira (que estavam no apartamento com Eloá), o ex-advogado da família de Lindemberg, Marcos Cabello, e o sargento Atos Valeriano, que negociou com Lindemberg.

O caso

Linderberg Alves é acusado por 12 crimes. Além de ser o responsável pelo cárcere e assassinato de Eloá, ele deve responder pelas acusações de tentativa de homicídio contra Nayara, outra tentativa de homicídio contra o policial militar Atos Antonio Valeriano. Ele também é acusado de manter Nayara em cárcere privado, bem como seus colegas: Iago de Oliveira e Victor Lopes de Campos; e do irmão de Eloá: Ronikson Pimentel. Ainda neste julgamento, ele deve responder pelos disparos feitos por ele no dia da morte de Eloá.

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