Para Hauly, a decisão terá que ser melhor analisada, o que ele estimulará propondo a realização de audiências públicas com autoridades militares e com o ministro da Defesa assim que a Câmara retomar suas atividades, em fevereiro. “A nossa intenção é convocar o ministro da Defesa, o comandante da Força Aérea e toda a área militar para opinar a respeito da decisão do novo governo”, disse Hauly.
O negócio, de US$ 700 milhões, era considerado prioritário pelo governo de Fernando Henrique Cardoso. Segundo o porta-voz da Presidência, André Singer, esse dinheiro teria de vir de um empréstimo, o que fez o governo optar, agora, por cancelar a compra e utilizar o dinheiro eventualmente economizado para o programa de combate à fome. Quatro grupos da indústria armamentista mundial estavam na disputa: a Lockheed Martin, dos EUA, a Embraer, em parceria com a Dassault, da França, a Sukhoi, da Rússia, e a Saab, da Suécia.