Brasília – A decisão de adiar alguns pontos da reforma política para 2008, como está sendo costurado pelos presidentes do PT, PSDB, PFL e PMDB, é um dos poucos temas no Congresso que não dividem governo e oposição. Para o presidente do PT, José Genoino, a idéia é razoável e atende às principais reivindicações dos partidos. "A nossa idéia é trabalhar de maneira mais efetiva com todos os partidos para viabilizar a reforma política. Para o Congresso Nacional, não ter uma reforma política é um desastre perante a opinião pública. O nosso sistema (eleitoral) está falido", afirmou Genoino.
Já o presidente do PSDB, senador Eduardo Azeredo (MG), concorda que a discussão sobre a reforma política é essencial ao País neste momento. "O sistema atual está desgastado, e leva a distorções como o aumento do custo das campanhas e até mesmo à corrupção", disse ele. Para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é fundamental criar condições para que a fidelidade partidária seja fortalecida na reforma política. "Se não fizermos isso, vamos colaborar com o sentimento de que os partidos são albergues de conveniência, muitas vezes guardando interesses inconfessáveis. Os partidos não podem ser partidos de aluguel", enfatizou.