A Justiça de Pernambuco adiou o julgamento dos quatro acusados de assassinar a alemã Jennifer Marion Nadja Kloker. Ela foi morta na noite do dia 16 de fevereiro de 2010, na altura do quilômetro 97 da BR-408, no município de São Lourenço da Mata.
O júri dos réus teve início por volta das 10 horas de hoje, no Fórum de São Lourenço, mas foi interrompido pelo advogado de defesa de um dos réus. O juiz da Vara Criminal da Comarca, Djaci Salustiano, decidiu adiar o julgamento após a defesa de Delma Freire de Medeiros, sogra da vítima, apresentar um atestado italiano que contesta a sanidade mental da acusada. O juiz pediu que ela seja levada ao Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico onde será submetida a um exame de sanidade mental.
Além de Delma, estão sendo acusados do crime o namorado de Jennifer, Pablo Richardson Tonelli, o sogro da jovem, Ferdinando Tonelli, e Alexsandro Neves dos Santos, autor dos disparos, contratado pelos mandantes. O quinto réu, Dinarte Dantas de Medeiros, recorreu da pronúncia e aguarda decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE). Ele é irmão de Delma e teria comprado a arma do crime.
O Ministério Público de Pernambuco havia convocado duas testemunhas: os dois delegados responsáveis pelo inquérito policial, Alfredo Jorge e Gleide Ângelo, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). O julgamento foi remarcado para os dias 27 e 28 de julho.
Crime
Na terça-feira de Carnaval de 2010, Jennifer, de 22 anos, foi morta a tiros em um suposto assalto. Ela estava no carro alugado pela família e os Tonelli disseram à polícia terem sido vítimas de latrocínio (assalto seguido de morte). Com o desenrolar das investigações, a polícia descobriu que Jennifer tinha feito um seguro de vida e concluiu que a morte foi tramada pela família.
