Sem encontrar uma saída para tentar salvar a reforma política, os líderes partidários e o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), adiaram para esta quarta-feira (20) a reunião que trataria do projeto que está na pauta de votação do Plenário. A votação emperrou na resistência dos deputados em votar um dos principais itens do projeto, a chamada lista fechada, na qual o eleitor deixaria de votar no candidato preferido para votar no partido. Desde a semana passada, depois da tentativa frustrada de votar a reforma política, os deputados buscam alternativas.
Depois de defenderem a alternativa da lista totalflex – que estabelece o voto no partido, mas permite que o eleitor altere de alguma forma a ordem dos eleitos -, há proposta de financiamento flex – no qual convivem na mesma eleição o financiamento público de campanha e o privado – e sugestão de acabar com o voto proporcional e tornar a eleição do deputado majoritária, entre outras idéias.
O relator do projeto, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), faz diversas reuniões com líderes partidários desde a manhã tentando fechar apoio para votação, mas não há ainda uma proposta que seja aceita pelas bancadas. Os líderes que ouviram Caiado defender o sistema misto de votação não gostaram da proposta. Pelo sistema, 2/3 das vagas do Parlamento seriam preenchidas em votação por lista fechada e 1/3 pelo sistema atual, em que o eleitor vota direto no candidato de sua preferência.
Caiado propõe também dois tipos de financiamento de campanha. Para os candidatos de lista fechada, seria instituído o financiamento público exclusivo, com proibição de contribuições de pessoas físicas ou jurídicas. Os candidatos individuais teriam um financiamento nos moldes atuais, em que são permitidas as contribuições privadas.
