A Justiça gaúcha determinou que os acusados de participarem do assassinato de Bernardo Boldrini, em 4 de abril do ano passado, no Rio Grande do Sul, vão a júri popular. O corpo do menino foi encontrado às margens de um córrego na cidade gaúcha de Frederico Westphalen, vizinha de Três Passos, onde ele morava com o pai, o médico Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Ugulini.

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Os jurados vão decidir se Boldrini e Graciele são inocentes ou culpados pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado. Também serão julgados Edelvânia Wirganovicz, amiga do casal, acusada de homicídio triplamente qualificado, e seu irmão, Evandro Wirganovicz, que responde por homicídio duplamente qualificado. Boldrini ainda responde por ocultação de cadáver e falsidade ideológica.

Em uma sentença de 137 páginas, o juiz Marcos Luís Agostini considerou que há provas da materialidade e indícios suficientes de autoria em relação aos quatro réus.

Na época, Edelvânia admitiu o crime à polícia e apontou o local onde a criança foi enterrada. Ela contou ter auxiliado Graciele a ministrar uma forte dose de sedativo a Bernardo, que não resistiu. Segundo o magistrado, está comprovada a participação de Boldrini em base de testemunhos, vídeos e de seu comportamento “totalmente incompatível com uma relação de pai e filho”.

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Sobre Evandro, o juiz entende ter ficado clara sua participação no ato de esconder o corpo do menino ainda antes de sua morte. Ele foi visto por testemunhas próximo ao local em que a cova onde Bernardo foi depositado foi aberta.

Cabe recursos da defesa e do Ministério Público. A data do júri ainda não foi estipulada.

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