Acusados de matar paciente são condenados

Os seis acusados pela morte por maus-tratos do portador de transtorno mental Damião Ximenes Lopes, na casa de repouso Guararapes, foram condenados a seis anos de prisão. O crime aconteceu em 4 de outubro de 1999, em Sobral. Internado para tratamento de esquizofrenia, Damião foi encontrado por familiares com as mãos amarradas, sangrando e cheio de hematomas. O caso teve repercussão internacional.

Segundo a sentença do juiz Marcelo Oliveira, os réus devem cumprir a pena, inicialmente, em regime semiaberto. Os seis trabalhavam na clínica. São eles o proprietário, Sérgio Antunes Ferreira Gomes; os auxiliares de enfermagem Carlos Alberto Rodrigues dos Santos, Elias Gomes Coimbra e André Tavares do Nascimento; a enfermeira chefe Maria Salete Moraes Melo de Mesquita; e o médico de plantão Francisco Ivo de Vasconcelos.

Em 2006, o Brasil chegou a ser condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA), a pagar US$ 140 mil à família de Damião. Foi a primeira vez que a Corte decidiu sobre o Brasil e seu primeiro pronunciamento sobre violação dos direitos humanos de doentes mentais. A decisão se baseou no descumprimento de dispositivos da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, de 1969.

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