A Justiça de São Paulo decidiu que o lavrador Ananias dos Santos, 27, deverá ir a júri popular pelos assassinatos das irmãs Juliana Vânia de Oliveira, 15, e Josely Laurentina de Oliveira, 16, ocorridos no ano passado, em Cunha (231 km de São Paulo).
Santos está preso e, segundo a polícia, confessou ter matado as jovens. Na audiência de instrução, porém, ele negou qualquer participação no crime e afirmou apenas que encontrou os corpos das duas irmãs e que escondeu a arma usada no crime. Apesar disso, o juiz do caso entendeu que as provas mostram o contrário.
De acordo com a acusação, Ananias matou Juliana porque sentia atração pela jovem, o que despertava ciúme em sua namorada. O objetivo do crime, segundo o promotor, foi pôr fim ao ciúme que ela sentia.
Ainda de acordo com a denúncia, para matar a jovem, ele armou uma emboscada, esperando a adolescente em uma estrada rural onde sabia que ela passaria ao retornar da escola para casa. Juliana foi morta com cinco tiros. Já Josely, que acompanhava a irmã, teria sido morta para que não houvesse testemunha do crime.
Ananias é acusado por dois homicídios duplamente qualificados (emprego de meio que dificultou a defesa da vítima, nos dois casos; por motivo fútil, em relação à Juliana; e para garantir a impunidade de outro crime, no caso de Josely).