O lavrador José Agostinho Bispo Pereira, de 55 anos, foi condenado a 63 anos de prisão por ter abusado sexualmente de suas duas filhas na cidade de Pinheiro, distante 340 quilômetros de São Luís. Ele teve oito filhos com as suas duas filhas. A prisão foi decretada pelo juiz da 1ª Vara de Direito de Pinheiro, Anderson Sobral Dias Azevedo.

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Azevedo também condenou José Agostinho por ter abusado sexualmente de suas filhas-netas: uma de cinco e outra de seis anos. A decisão cabe recurso. O defensor público nomeado para cuidar da defesa do lavrador afirmou à delegada de Pinheiro, Laura Barbosa, no entanto, que não pedirá a revisão da pena de Agostinho.

Agostinho foi preso em flagrante na tarde de 8 junho. Uma das filhas, Sandra Maria Monteiro, de 28 anos, era mantida em cativeiro por 16 anos. Com ela, ele teve sete filhos. Após a prisão do pai, Sandra Maria foi alojada na Casa Abrigo de Pinheiro e ainda espera a construção de uma casa prometida pela prefeitura do município. A outra filha de Agostinho, Maria Sandra Monteiro, de 31, fugiu do povoado quando começou a ser abusada pelo pai há cerca de 20 anos. Maria Sandra começou a ser abusada com sete anos. Sandra Maria, com 13 anos.

Conforme informações da delegada Laura Barbosa, José Agostinho já recebeu uma carta da Justiça de Pinheiro. A delegada ainda não conversou com ele sobre sua condenação por medo da reação do lavrador. Em junho, após a decretação de sua prisão preventiva, ele tentou suicídio. Desde julho, Agostinho é mantido preso na delegacia de Pinheiro junto com outros presos. Ele deve ser transferido para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, no início de 2011. “Pela idade dele, acredito que ele ficará preso até os 75 anos. Muito provavelmente, o lavrador morrerá na prisão”, opinou a delegada Laura Barbosa, da regional de Pinheiro.

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