Acusada, McDonald’s promete investigar danos à Amazônia

Brasília (ABr) – Em comunicado oficial, a rede mundial de lanchonetes McDonald’s informa que vai iniciar "imediatamente" uma investigação sobre as denúncias de que contribui, de maneira indireta, para o desmatamento da Amazônia.

Segundo o relatório "Comendo a Amazônia", divulgado pela organização não governamental Greenpeace Internacional, além do McDonald’s, supermercados e restaurantes da Europa colaboram com a destruição da Amazônia ao comprar frangos alimentados com farelo de soja produzida na região.

Em nota, o diretor de Qualidade e Segurança do McDonald’s Europa, Keith Kenny, afirma que a rede está "muito preocupada" com questões ligadas ao meio ambiente, tanto em relação à atuação de suas franquias como às responsabilidades dos fornecedores.

"Para chegar a uma rápida conclusão, continuaremos conversando com o Greenpeace para entender perfeitamente as suas preocupações, além de contatar outras organizações como a Conservation Internacional (ONG especializada em política florestal). Acreditamos no diálogo aberto, como mantivemos com o Greenpeace em muitos outros temas há muitos anos", diz o texto.

O coordenador da Campanha da Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, explicou que a relação do McDonald’s com a destruição da Amazônia é indireta. "O que o relatório do Greenpeace procura mostrar é como as empresas européias, as grandes corporações, têm um papel, cada uma delas, na destruição da Amazônia."

Segundo ele, o documento é importante porque procura mostrar a relação entre a demanda mundial por soja e a destruição da floresta. Adário explica que a soja é um produto usado em mais de 1,2 mil alimentos, sendo o grão mais consumido em todo o mundo. "A idéia do relatório era acompanhar em detalhes toda a cadeia que gera, ao seu final, um sanduíche na Europa e uma floresta desmatada no Brasil", argumentou o ambientalista.

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