A 27.ª Vara Criminal da capital fluminense ouviu na tarde desta quarta-feira, 5, as ativistas Elisa Quadros, a Sininho, e Karlayne Moraes, a Moa. As duas respondem por formação de quadrilha com outros 21 ativistas que participavam de protestos populares no Rio entre 2013 e 2014. Sininho, a primeira a prestar depoimento à Justiça, negou ser uma liderança da Frente Independente Popular (FIP) e ter orquestrado atos violentos.

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“Infelizmente foi a criação de uma personagem baseada em fofocas em meio a muitas pessoas que estavam exercendo seus direitos de cidadãos”, afirmou a ativista ao juiz Flávio Itabaiana. Ela declarou que vai prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e tentar ingressar em um curso de Direito.

Elisa Quadros disse ainda que nunca foi uma liderança e só participou da FIP, acusada pelo Ministério Público de promover ações violentas, em algumas reuniões, antes da ocupação na Câmara de Vereadores do Rio, que durou de junho a outubro de 2013. “A FIP sempre foi muito horizontal. Eu só participei porque foi um lugar onde os independentes tinham voz.”

Processo

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As duas ativistas serão interrogadas porque estavam foragidas até 23 de junho, quando um habeas corpus em favor delas e do ativista Igor Mendes foi concedido pelo ministro Sebastião Reis, do Supremo Tribunal de Justiça.

Nas alegações finais do processo, o Ministério Público denunciou os 23 ativistas também pelo crime de corrupção de menores, o que motivou a suspensão do processo pela 7ª Câmara Criminal do Rio, em uma decisão do desembargador Siro Darlan.

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