Acusação de abuso sexual é preocupante, diz Patriota

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, classificou como “muito preocupantes” as acusações de abuso sexual feitas contra o diplomata iraniano Hekmatollah Ghorbani, de 50 anos. “Pessoalmente, eu consideraria inaceitável se algum diplomata brasileiro se portasse daquela maneira em qualquer país que estivesse acreditado”, disse.

Patriota informou que o governo vai enviar uma nota para a Embaixada do Irã no Brasil pedindo esclarecimentos sobre o ocorrido e a apuração dos fatos. “De acordo com a reação, examinaremos que direção deveremos tomar”. O documento também deve ressaltar que a Convenção de Viena estabelece que todas as pessoas com privilégio e imunidades devem respeitar as leis do Estado onde estão.

O Itamaraty ouviu familiares das quatro meninas, com idade entre 9 e 15 anos. A acusação é a de que Ghorbani teria abusado das meninas na piscina do Clube da Vizinhança, em Brasília. De acordo com a mãe de uma das vítimas, o diplomata acariciava as partes íntimas das menores durante mergulho na piscina. O diplomata foi detido na 1ª Delegacia de Polícia, mas foi liberado, por ter imunidade diplomática.

Brasil e Irã são signatários da Convenção de Viena, documento que assegura imunidade penal, civil e administrativa para agentes diplomáticos. Casado, com dois filhos, Ghorbani há dois anos exerce o cargo de conselheiro da Embaixada, a terceira maior função na hierarquia.

A Embaixada do Irã publicou uma nota na noite de quarta-feira sobre o caso. Segundo o texto, houve um “mal-entendido” na interpretação dos fatos devido às “diferenças culturais” entre iranianos e brasileiros. Desde que as acusações foram feitas, no último dia 14, esta foi a primeira manifestação da representação diplomática.

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