Na manhã desta terça-feira, 25, 700 mil litros de combustível chegaram a Rio Branco, no Acre. O volume de gasolina e diesel era para ter chegado na segunda-feira, 24, à capital. O atraso ocasionou longas filas nos postos de combustível nesta segunda à noite. Em alguns foram registradas até brigas e discussões entre motoristas.
Aos poucos, os postos vão sendo reabastecidos. O governo do Acre montou várias frentes de trabalho para viabilizar o abastecimento com produtos básicos. Junto com equipe do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) estão sendo improvisadas quatro estruturas para balsas aportarem ao longo da BR-364, única via de acesso terrestre do Acre com as demais regiões do País.
Além disso, o Peru já efetiva exportação de produtos básicos para o Acre. Por meio de uma portaria publicada na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), seis empresas do Acre estão autorizadas pela agência a realizar a importação de produtos. Já passaram pela alfândega, segundo o governo, duas mil toneladas. A medida foi tomada levando em consideração a situação no Acre, em virtude do transbordamento do rio Madeira.
Os voos da FAB com transporte de hortifrutigranjeiros continuam sendo realizados para Rio Branco. Mas, mesmo com o esforço, o desabastecimento mostra os efeitos. Os supermercados já colocam achocolatados e leites condensados nas gôndolas onde deveriam estar expostos frutas e legumes. Alguns produtos, como leite, tem consumo limitado por pessoa.
Rondônia e Acre sofrem com o aumento do volume de águas do Madeira. A última medição feita ao meio dia pela Defesa Civil de Rondônia registrou que o nível do Rio Madeira, em Porto Velho, é de 19,61 metros. É a maior cheia já registrada. E a previsão é de que permaneça dessa forma por pelo menos 35 a 40 dias.