Acordo pode pôr fim à greve do INSS

  Lucimar do Carmo / GPP
Lucimar do Carmo / GPP

Jackeline de Gusmão.

Brasília (AE) – O governo conseguiu fechar um acordo com os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em greve há 73 dias. O reajuste acertado nos salários da categoria e aposentadorias e pensões dos servidores inativos custará R$ 140 milhões aos cofres públicos, segundo anúncio do ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Além disso, grevistas e governo acertaram um cronograma de reposição dos dias parados em troca do pagamento dos salários de julho aos servidores em greve que foram retidos durante a paralisação.

Segundo ministro, o retorno ao trabalho acontecerá na terça-feira, com a reabertura das agências do INSS para o atendimento dos segurados a partir de quarta-feira.

Na sede da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Previdência, Saúde e Assistência Social (Fenasps), em Brasília, no entanto, a informação é que o acordo ainda será submetido às assembléias estaduais no início da semana que vem. A integrante do comando de greve do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Ação Social do Estado do Paraná (SindPRevs), Jackeline Mendes de Gusmão, confirmou que na terça-feira haverá uma assembléia no Estado e se a proposta for aceita a volta ao trabalho ocorre no dia 17.

Em linhas gerais, o acordo prevê que as agências tenham seu horário de atendimento ampliado em duas horas ao longo das semanas e permaneçam abertas durante três sábados seguidos, por cinco horas. ?O objetivo é desafogar os processos e acelerar os atendimentos?, justificou o ministro. Em troca do esforço extra, os trabalhadores não terão o ponto cortado.

?O acordo representou uma proposta adequada para o governo e para os servidores?, afirmou Marinho, no final de uma reunião que durou mais de sete horas e terminou a 1h30 da madrugada de ontem. Além de Marinho, estiveram com os sindicalistas técnicos dos Ministérios do Planejamento e da Previdência Social.

Mas para Jackeline a proposta do governo não agradou aos servidores, no entanto, afirma que está melhor do que a apresentada no último dia 22 de julho, que acabou rejeitado. O montante de reajuste que virá por meio de gratificações, R$ 140 milhões, é o mesmo, o que mudou foi a forma de avaliação de desempenho dos servidores. ?Ficou mais justa. É através desta avaliação que os servidores recebem o benefício?, disse Jackeline. Segundo ela, ainda é preciso fazer os cálculos para saber o aumento médio nos salários dos servidores.

Os trabalhadores do INSS conquistaram também a promessa do governo de discutir a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários em 2007. Já os servidores do Ministério da Saúde, Delegacias Regionais do Trabalho e da Fundação Nacional de Saúde vão ter que aguardar. No entanto, segundo Jackeline, o governo garantiu para o ano que vem um reajuste de 47,11% a ser concedido ao longo de seis anos. (Colaborou Elizangela Wroniski)

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