A reestruturação societária do grupo Oi (antiga Telemar) para posterior incorporação da Brasil Telecom (BrT), mesmo na reta final de negociação, ainda esbarra na definição da governança da nova empresa. Segundo fontes que acompanham o processo, os fundos de pensão (Previ, Funcef e Petros) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mesmo aceitando ficar fora do bloco de controle, não abrem mão de participar das decisões estratégicas da empresa. Isso implica uma representação significativa nos conselhos de administração e fiscal.
A questão é que os fundos e os sócios privados (Andrade Gutierrez, de Sérgio Andrade, e La Fonte, de Carlos Jereissati) ainda não chegaram a um acordo sobre o número de assentos no conselho que caberá a cada um. Andrade e Jereissati ficarão, cada um, com 20% da nova empresa e assumirão o controle, juntamente com a fundação Atlântico, dos funcionários da Telemar com 51%. Fundos e BNDES ficarão na outra ponta, com 49%. A saída dos atuais sócios Citigroup, Opportunity e GP Investimentos da Oi já está acertada sob o aspecto financeiro. Falta, porém, o jurídico.