O mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), o maior interesse do Brasil na 14ª Conferência do Clima, em Poznan, Polônia, será incluído no futuro acordo do clima que substituirá o Protocolo de Kyoto. Na prática, a decisão permitirá que governos, empresas privadas e proprietários de terra que preservem áreas de florestas tropicais sejam recompensados financeiramente. A forma como essa compensação se dará ainda está em aberto e precisará ser negociada até dezembro do próximo ano.
A negociação ocorreu na noite de quarta-feira (10) e no início da madrugada de quinta (11). A confirmação foi feita ontem pelo governo brasileiro: “Sem dúvida é um passo importante. A discussão sobre a metodologia continuará, mas a inclusão do REDD no novo acordo do clima está garantida”, disse o embaixador Sérgio Serra, membro da delegação do País. O mecanismo, em tese, beneficia muito o Brasil. No país, o desmatamento é responsável por 75% das emissões. A inclusão do REDD é decisiva porque abre a possibilidade de que, ao preservar a floresta, o Brasil seja indenizado pela comunidade internacional.