Acordo com Israel é prenúncio de outros, diz Amorim

O Mercosul assinou o primeiro Tratado de Livre Comércio (TLC) com um país fora da região latino americana: Israel, o que promete ser o prenúncio de outros, segundo avaliação do chanceler brasileiro, Celso Amorim. "Se nós conseguimos fazer um acordo com Israel, um país distante, mais ou menos desenvolvido, do Oriente Médio, por que não vamos conseguir fazer com muitos outros, como com os países do Golfo, da África do Sul, com a Índia?", disse Amorim em entrevista aos jornalistas brasileiros na capital uruguaia.

Para o chanceler, o TLC com Israel "demonstra que ao contrário do sentimento auto-flagelador que existe aqui, há uma grande procura pelo Mercosul. Vários querem fazer acordo com o Mercosul", disse em referencia as desavenças que ocorrem dentro do bloco. Amorim disse ainda que o acordo é uma mostra de que o Mercosul "é aberto para o mundo".

O TLC foi assinado pelo vice-ministro de Indústria, Comercio e Trabajo de Israel, Eliahu Yishai, e os chanceleres da Argentina, Jorge Taiana, do Brasil, Celso Amorim, do Uruguai, Reinaldo Gargajo, e do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano.

A assinatura do acordo é o principal resultado da reunião da cúpula dos presidentes e representa 97% do comércio do lado do Mercosul e 95% do lado de Israel, com um calendário de desoneração em quatro, oito e 10 anos. Segundo dados do Bureau Central de Estadísticas de Israel, nos primeiros 10 meses de 2007, os quatro sócios do Mercosul exportaram ao pais do meio oriente US$ 460,2 milhões, com uma alta de 22% anual, e importaram desse país US$ 653 milhões, 40% mais que em igual período de 2006.

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