O primeiro carnaval depois da implantação da Lei Seca, em junho de 2008, registrou um aumento de 20% nos acidentes nas rodovias federais do País em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo boletim da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Entre 0h de sexta-feira e meia-noite de quarta-feira (25), foram registrados 2.865 acidentes – ante 2.396 em 2008 -, que deixaram 1.784 feridos e 127 mortos. No ano passado, os acidentes deixaram 128 mortos e 1.472 feridos. Para a PRF, contudo, o impacto da lei 11.705 nas rodovias pode ser melhor mensurado quando se observa a fatalidade das ocorrências. Em 2008, morreu uma pessoa em cada 18,7 desastres. Em 2009, foram necessários 22,5 acidentes para produzir uma vítima fatal.
Os números da Operação Carnaval também indicam que nos oito meses de Lei Seca ao volante, a Polícia Rodoviária Federal flagrava um motorista alcoolizado a cada 10 testes realizados. Durante os últimos seis dias, a média subiu para uma autuação a cada 16 abordagens. Os 700 bafômetros empregados pela PRF nesta operação contabilizaram 14.129 exames, que resultaram em 862 multas por embriaguez. Deste total, 576 condutores foram presos em flagrante.
A Polícia Rodoviária Federal conseguiu fiscalizar 10% a mais de veículos. Só em multas por ultrapassagens proibidas, os agentes da PRF preencheram 11.515 autos de infração. Nos seis dias de operação, a PRF apreendeu 713 quilos de maconha e flagrou 59 crianças e adolescentes em situação de risco. Em ações por todo Brasil, 978 criminosos foram presos em flagrante, contra 619 em 2008.
Estados
Minas Gerais, segundo o balanço, é novamente o líder do ranking dos números absolutos do carnaval. O Estado com a maior malha viária federal do País registrou 471 acidentes, com 21 mortes e 347 feridos. O segundo colocado foi Santa Catarina, com 366 desastres, 19 mortos e 217 feridos. O terceiro no ranking foi o Rio de Janeiro, que registrou 267 acidentes, com dez mortes e 131 feridos. Em números de vítimas fatais, o Maranhão ficou empatado com o Rio de Janeiro, seguido por Bahia, com oito óbitos, e Pernambuco, com sete.