São Paulo – A comissão criada para investigar as causas do acidente com o Veículo Lançador de Satélites 1 (VLS-1), que explodiu em Alcântara em agosto, matando 21 pessoas, deverá se reunir na segunda-feira, no Centro Técnico Aeroespacial (CTA), em São José dos Campos, para concluir seu relatório. A data da divulgação do documento, no entanto, ainda não está definida. O físico Paulo Murilo de Oliveira, da Universidade Federal Fluminense (UFF), um dos representantes da comunidade científica na comissão, reiterou, ontem, que a causa do acidente foi a ignição de um dos motores do VLS-1 antes da hora. “O que causou essa ignição prematura, no entanto, não foi possível determinar”, disse. “O que sabemos é que o detonador, uma pecinha de 1 centímetro, foi ligado antes da hora.” Para ele a investigação chegou até onde foi possível. “Entre 10 mil peças, num foguete de 30 metros, chegamos a uma pecinha de 1 centímetro como a origem do acidente”, disse. “Como em seu funcionamento normal, ele é acionado por uma corrente elétrica, supomos que isso tenha ocorrido de forma acidental”, disse.

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