A hipótese mais provável sobre a explosão no laboratório da Polícia Federal (PF) do Amazonas, que matou três peritos na sexta-feira, é a de que o ocorrido foi um acidente de trabalho, informou a corporação. “Não sabemos o que causou a explosão, mas a hipótese mais próxima é que foi um acidente de trabalho”, disse o superintendente da PF no Estado, Sérgio Fontes. “Não podemos ainda, contudo, excluir a possibilidade de um atentado ou qualquer outra.”
De acordo com Fontes, o material coletado no local do incidente será examinado e até o fim deste mês o presidente do inquérito, Caio Porto Ferreira, deve apresentar o resultado. Máquinas fotográficas foram recolhidas do laboratório e, segundo Ferreira, podem incluir fotos feitas pelos próprios peritos do objeto que estava sendo periciado. “Não podemos dizer se o material fotográfico foi danificado, mas é um procedimento de rotina os peritos fotografarem o material examinado”, explicou.
Fontes afirmou que a hipótese de um cilindro encontrado em uma agência de Correios no fim do ano passado ter explodido foi levantada porque testemunhas que entraram na sala de perícia pelo menos 30 minutos antes do incidente haviam visto os peritos trabalhando com o objeto. “O cilindro, que é uma espécie de bomba de água, foi encontrado intacto”, disse.
Segundo o chefe da equipe de peritos que coletou o material, Antônio Carlos Mesquita, uma caixa com cerca de 40 fragmentos de divisórias, areia, ferramentas e outros detritos está sendo levada para Brasília. Ele disse que não se pode ainda dizer qual perito estava manuseando o material que causou a explosão. “Pelo estado dos corpos não há como se afirmar isso.” Ainda de acordo com Mesquita, uma lista de todo o material que estava na sala de perícia está sendo levantada pela superintendência do Amazonas. “Com a lista, com análise de materiais coletados, por exclusão chegaremos ao que estava sendo examinado.”