Acidente de jet-ski mata mecânico em São Vicente, São Paulo

O mecânico André Luiz Tasso, de 44 anos, morreu na tarde de domingo (10) após chocar o jet-ski que pilotava contra uma lancha, próximo da Ponte Pênsil, em São Vicente, na Baixada Santista (SP). A Polícia Civil e a Capitania dos Portos do Estado de São Paulo apuram o acidente. A colisão aconteceu por volta das 16 horas, no dia que Tasso estreava a pequena embarcação, comprada há três dias. A sobrinha dele Mayara Albuquerque Nunes, de 12 anos, estava na garupa e sofreu ferimentos leves. Segundo o boletim de ocorrência registrado no 1º Distrito Policial (DP) da cidade, Tasso e Mayara foram socorridas pelos ocupantes da lancha e encaminhadas à marina mais próxima. De lá, seguiram para o pronto-socorro, mas o mecânico não resistiu aos ferimentos e morreu.

Morador de Santos (SP), Tasso não tinha habilitação para conduzir o jet-ski, que teve a proa completamente destruída. Já a lancha, sem muitos danos, ficou com algumas marcas no casco. As duas embarcações estão lacradas em marinas diferentes aguardando novas perícias. A lancha era conduzida pelo proprietário, o médico anestesiologista Osvaldo Bittar Júnior, de 50 anos. Estavam no barco de recreio, uma Spiriti Ferreti, de 32 pés, cinco pessoas, incluindo Bittar Júnior. De acordo com a Capitania dos Portos do Estado, a documentação da embarcação está regular e o médico anestesiologista possui habilitação para pilotá-la (mestre amador).

O capitão dos Portos do Estado de São Paulo, Afrânio de Paiva Moreira Júnior, disse que a Capitania instaurou um inquérito para investigar, num prazo de 30 dias, se o jet ski e a lancha estavam em alta velocidade e se houve falha humana ou de equipamentos. Depois disso, o Tribunal Marítimo poderá aplicar uma advertência ao condutor, cassar a carteira ou até apreender o barco.

Já por meio do inquérito da Polícia Civil, Bittar Júnior poderá ser indiciado por homicídio doloso, caso a averiguação prove que ele agiu com imprudência, negligência ou imperícia, afirmou o delegado titular do 1º DP, Marcos Roberto da Silva. "Mas as investigações ainda dependem de diligências, de ouvir as testemunhas, dos laudos do IML (Instituto Médico Legal), do Instituto de Criminalística (IC) e do relatório da Capitania dos Portos", afirma Silva, dizendo ainda que o médico deve depor na quinta-feira.

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