O acesso à telefonia mostrou “forte evolução” no ano passado, principalmente por causa do crescimento da telefonia celular, segundo mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008. O número de residências que passaram a possuir algum tipo de telefone aumentou 4,378 milhões de um ano para o outro. Em 2008, de acordo com a pesquisa, 82,1% dos domicílios brasileiros tinham algum tipo de telefone, porcentual superior ao ano anterior (77%), totalizando 47,3 milhões de residências.
A expansão no acesso à telefonia foi puxada pelo telefone celular. Do total de domicílios, 37,6% tinham apenas telefone celular, porcentual também superior ao ano passado (31,6%). De um ano para o outro, houve um acréscimo de 3,98 milhões de residências que tinham apenas telefonia celular, alcançando 21,7 milhões de domicílios. As diferenças regionais são significativas no que diz respeito ao acesso à telefonia. Enquanto na região Sudeste 88,9% dos domicílios tinham acesso a algum tipo de telefone no ano passado, no Nordeste eram apenas 66,8%.
A Pnad é realizada anualmente e investiga os temas de habitação, rendimento e trabalho, associados a aspectos demográficos e educacionais. A pesquisa tem seus primórdios em 1967, quando foi iniciada apenas na área do Rio de Janeiro, e na atualidade é realizada nacionalmente, por meio de uma amostra de domicílios. No levantamento divulgado hoje foram pesquisadas 391.868 pessoas e 150.591 unidades domiciliares, distribuídas por todo o País. A parte de rendimento da Pnad aperfeiçoa a estimativa de rendimento das famílias usada nas contas nacionais. Além disso, a Pnad é utilizada na estimativa da população brasileira. A pesquisa ainda é tomada como base para o estudo chamado Síntese de Indicadores Sociais, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará em outubro.