A presidente Dilma Rousseff abriu seu discurso na 21ª Conferência do Clima (COP 21) das Nações Unidas, nesta segunda-feira, 30, em Paris, classificando o rompimento da barragem de Mariana “como o maior desastre ambiental da história do Brasil”, em prometendo punições severas para os responsáveis.
“A ação irresponsável de empresas provocou o maior desastre ambiental na história do Brasil na grande bacia hidrográfica do Rio Doce”, disse a presidente. “Estamos reagindo ao desastre com medidas de redução de danos, apoio às populações atingidas, prevenção de novas ocorrências e também punindo severamente os responsáveis por essa tragédia.”
Para a presidente, o Brasil tem sofrido com os efeitos do fenômeno El Niño. “O problema da mudança do clima não é alheio aos brasileiros”, argumentou. “Temos enfrentado secas no nordeste, chuvas e inundações no sul e no sudeste do país. O fenômeno El Niño tem nos golpeado com força.”
O assunto foi o segundo tratado em seu discurso, logo depois que a presidente expressou sua solidariedade às vítimas do terrorismo em Paris.
Acordo global
Dilma também defendeu a adoção de um acordo global contra as mudanças climática que seja “legalmente vinculante”, ou seja, que tenha caráter compulsório para os países signatários.