A escola de samba Acadêmicos do Tatuapé sagrou-se bicampeã do Carnaval paulistano em 2018. O resultado foi anunciado no final da tarde desta terça-feira, 13, no sambódromo do Anhembi, na zona norte da capital paulista.
Em seu desfile no sábado, dia 10, a escola da zona leste de São Paulo levou carros colossais e fantasias ricas em detalhes para a avenida. No fim do desfile, já era apontada como forte candidata ao bicampeonato.
A Mocidade Alegre ficou em segundo lugar, com sua homenagem à cantora Alcione, com um enredo marcado pelo clássico “Não deixa o samba morrer”, gravado pela Marrom em 1975. Até a apuração da última categoria de notas, a escola da zona norte ficou com o mesmo número de pontos das escolas Mocidade Alegre, Mancha verde, e Tom Maior. O resultado foi decidido por critérios de desempate.
No desfile da Mocidade, foi Alcione quem puxou seu próprio samba no começo do desfile ao lado dos intérpretes Tiganá e Ito Melodia, ainda no chão do Anhembi, e depois subiu no último carro da escola para ser homenageada como o enredo “A voz marrom que não deixa o samba morrer”.
A bicampeã Acadêmicos do Tatuapé não recebeu patrocínio e apostou no reaproveitamento de penas, pedras e outros materiais para poupar cerca de R$ 800 mil este ano.
Com alas compactas e fantasias exuberantes, a Acadêmicos do Tatuapé fez um desfile técnico que também conseguiu empolgar o público com paradinhas da bateria e uma batida reggae, estilo musical que nasceu na Jamaica e é muito ouvido pelos maranhenses.
O investimento em grandes alegorias já apareceu no abre-alas da escola, formado por três carros que ressaltaram as belezas naturais do Estado do Nordeste e a influência dos franceses, que fundaram a capital São Luís no século XVII.