Absolvidos acusados de matar jovem em jogo de RPG

Após três dias de julgamento, a Justiça de Minas Gerais absolveu, na madrugada deste domingo, os quatro acusados pela morte da estudante Aline Soares, em Ouro Preto (MG), em 2001, durante um jogo de RPG. De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado, a falta de provas concretas de participação dos suspeitos foi o motivo da decisão tomada pelos sete jurados. A decisão ainda cabe recurso.

A sessão começou na última quarta-feira, e terminou às 5h15 de hoje, após os jurados decidirem o terceiro quesito. Os debates tiveram início no sábado, às 14h05 e só foram encerrados às 04h50 desta madrugada, depois da réplica e a tréplica entre promotoria e defesa. O ponto mais controverso do debate girou em torno do artigo 41 do Código de Processo Penal, que determina que a acusação contenha a exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias.

Os advogados dos quatro réus insistiram que esses elementos não estavam contidos na denúncia do Ministério Público, nem foram apresentados durante os debates, por isso pediram a absolvição dos réus. Para a promotora Luíza Helena Fonseca, nenhum dos acusados apresentou álibi.

Ainda segundo o tribunal, ao ler a sentença que absolveu os réus, a juíza Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque Silva explicou que a decisão dos jurados, ao votarem o terceiro quesito e considerarem que os réus não concorreram para o crime, impôs a absolvição.

Crime

Segundo a polícia, Aline, que tinha 18 anos, foi encontrada seminua sobre um túmulo, com os braços abertos e os pés sobrepostos, lembrando a posição do Cristo crucificado. Seu corpo tinha 17 perfurações feitas a faca. No jogo RPG, os participantes assumem personagens do bem e do mal. A promotoria acredita que Aline perdeu uma partida e pagou com a própria vida.

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