A abertura da barragem de Carpina, na Região Metropolitana de Recife, fez ontem o Rio Capibaribe subir, alagar moradias e favelas ribeirinhas na região metropolitana e obrigar lojas e escolas a fechar mais cedo. Segundo o secretário estadual de Recursos Hídricos, João Bosco de Almeida, com a vazão de 400 metros cúbicos por segundo, a barragem agora terá mais espaço para comportar novas chuvas.
Ontem, pelo telefone, o governador do Estado, Eduardo Campos (PSB) e a presidente Dilma Rousseff combinaram a construção de cinco barragens na bacia do Rio Una para minimizar o impacto das enchentes. Governo federal e estadual vão dividir o investimento, de R$ 650 milhões.
Traumatizados por outras cheias do Capibaribe, moradores de Recife se assustaram. Segundo a Defesa Civil, o número de famílias desabrigadas (que precisam de abrigos públicos) chega a 4.080. As desalojadas (que foram para casa de parentes ou amigos) somam 8.503. Dezesseis municípios estão em emergência.
Almeida frisou que a população ribeirinha foi avisada sobre a abertura da barragem. Anteontem, 510 famílias que moram em morros foram levadas a abrigos. Ontem foi a vez dos ribeirinhos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.