A facção Família do Norte (FDN) é apontada pela Polícia Federal como a terceira maior facção do Brasil – atrás apenas do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV). A organização criminosa surgiu por volta do ano de 2006 após a união de dois grandes traficantes amazonenses que cumpriam suas penas em presídios federais. Gelson Lima Carnaúba, o G, e José Roberto Fernandes Barbosa, o Pertuba, saíram do sistema prisional federal com destino ao Amazonas “determinados ou orientados”, segundo a PF, a estruturarem uma facção criminosa nos moldes do PCC e CV.
Desde o início da investigação sobre a FDN, os investigadores ficaram impressionados com o poder de suas principais lideranças. Logo no início da investigação chegou ao conhecimento dos delegados e procuradores um vídeo do aniversário de José Roberto Barbosa, o Pertuba, no qual ele é tratado como os antigos “capos” da máfia italiana retratados no filme “O Poderoso Chefão”. No vídeo, Pertuba recebe convidados em um buffet de luxo e enquanto é entoado o “parabéns” acontece o beija-mão seguido da entrega de presentes como colar, anel e relógio de ouro.
Pertuba ou Messi, como José Roberto é conhecido, é o principal líder da FDN. Antes mesmo da facção já era apontado como uma grande traficante do Amazonas. Segundo a PF, de dentro da prisão, o traficante determina assassinatos, roubos, sequestros, torturas e coordena o tráfico de drogas no Estado.