Um novo caso de raiva animal foi confirmado nesta terça-feira, 7, em Votuporanga, interior de São Paulo. Exames de amostras detectaram a presença do vírus em um morcego coletado na zona norte da cidade. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, há 20 anos não eram registrada a circulação da raiva na cidade. Incluindo os morcegos coletados que tinham o vírus, o Estado já registrou 145 casos da doença este ano, média de dois casos a cada três dias, conforme dados do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento.
A raiva preocupa porque não tem cura e pode ser transmitida para o homem por contato com animais infectados. A doença é evitável através da vacinação. No último dia 27, a raiva foi confirmada em um gato, em São José do Rio Preto, onde o vírus não circulava havia três décadas. O animal doente estava numa casa do bairro Rio Preto 1.
Em Votuporanga e Rio Preto, cães e gatos estão sendo vacinados para evitar que o vírus se alastre. Do total de casos registrados no Estado, 123 acometeram bovinos, caprinos e equinos. Em todo o ano passado, houve 196 casos e, em 2016, tinham sido 105 nesses rebanhos.
A doença preocupa mais quando afeta animais domésticos em razão de sua proximidade com o homem, especialmente crianças. Antes do caso de Rio Preto, tinham sido registrados, este ano, apenas dois casos de raiva nesses animais. Em maio, a doença foi detectada em um cachorro, em Santa Fé do Sul e, em junho, houve a morte de um gato infectado em Piracicaba.
O controle da raiva em animais de companhia é feito pela Secretaria da Saúde do Estado. Anualmente os municípios realizam campanhas de vacinação antirrábica em animais domésticos. As pessoas que têm contato com animais suspeitos também recebem vacina.
O combate à raiva no campo é feito pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da pasta estadual de Agricultura e Abastecimento. O principal transmissor é o morcego hematófago, que se alimenta do sangue de bovinos, equinos e caprinos, além de outros animais.
Nesta terça-feira, 7, equipes identificaram esconderijos com colônias de morcegos em Angatuba, no sudoeste paulista, onde ao menos 33 animais já contraíram o vírus. Os agentes instalam redes e os exemplares capturados são tratados com uma pomada vampiricida. Soltos, eles repassam o veneno para os outros morcegos, eliminando a colônia.