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São Paulo – Uma pesquisa, conduzida pelo Instituto Gallup em diferentes partes do mundo, mostrou que apenas um em cada dez jovens brasileiros confia nos políticos. Segundo a pesquisa, 89% dos entrevistados com idade entre 16 e 19 anos, no Brasil, consideram que os políticos são desonestos. Os entrevistados na mesma faixa etária consideram que 70% dos políticos não são éticos.

Quanto à classe empresarial, 76% dos jovens brasileiros acreditam que eles concentram poder e responsabilidades e 72% consideram que os empresários atendem às pressões de grupos poderosos. A pesquisa foi realizada com 50 mil pessoas de diversos países. No Brasil, o estudo foi realizado pela InterScience Ciêntia e Tecnologia Aplicada, de São Paulo. A pesquisa integra um estudo encomendado pelo Fórum Econômico Mundial, intitulado Voice of the People (Voz do Povo).

Foram ouvidas 1,4 mil pessoas com mais de 16 anos, a maior amostra da América do Sul, pertencentes às classes A, B, C e D. No Brasil, o estudo foi realizado na Grande São Paulo e no interior do Estado, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador e Goiânia. Também entre os adultos, há desconfiança em relação aos políticos. Mas o ceticismo de adultos brasileiros em relação aos políticos é um pouco menor que o dos jovens: 80% dos pesquisados em geral consideram a classe política desonesta.

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O índice brasileiro fica abaixo da cifra da América Latina de um modo geral, onde 87% consideram os políticos desonestos. A cifra é a mais alta em todo o mundo, apesar de semelhante a de parte da Ásia e da África. No "oeste asiático" (Índia e Paquistão), 84% consideram os políticos desonestos. Na África, 82%. Na America do Norte e na Europa, os índices são muito inferiores: 50% e 46%, respectivamente. De acordo com a pesquisa, os países onde os políticos são considerados mais desonestos são os latino-americanos: Brasil, Equador e México. Em outras partes do mundo, Índia e Polônia também contam com classes políticas encaradas com muito ceticismo.

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