“Motivos ignorados” ou “indefinidos” ainda são a quinta maior causa de mortes no País, à frente de doenças endócrinas e metabólicas como a diabete. A busca por precisão nos cadastro sobre causas de mortes é pré-requisito para definir políticas públicas adequadas na área de saúde. O Ministério da Saúde tem como meta informal reduzir o porcentual de mortes com causa mal definida a 5%.
No Nordeste, só a Bahia ainda não cumpriu a meta estabelecida para 2008: reduzir a menos de 10% as mortes por causas mal definidas. Na Região Norte, a situação é mais complicada, ainda que distante da situação de 15 anos atrás, quando seis Estados tinham mais de 30% das mortes sem causa definida. Na época, a Paraíba não identificava a causa em mais de metade dos óbitos.
A redução do problema nos últimos anos já mexeu no ranking das principais causas de mortes no País. Em 2004, as causas mal definidas eram a quarta principal causa no Brasil – atrás somente das doenças do aparelho circulatório, dos cânceres e de causas chamadas de externas.
No ranking nacional mais recente, as mal definidas caíram para o quinto lugar, com quase 80 mil casos ocorridos em 2008 e cuja causa ainda não foi identificada. Nesse ano foram registradas pouco mais de 1 milhão de mortes. A expectativa é que cresça a proporção de mortes por doenças do aparelho circulatório e casos de câncer.