Pelos menos 39 cidades de Alagoas e Pernambuco, que até uma semana atrás vivenciavam situação de calamidade por seca, foram incluídas pelos governos estaduais em decretos que determinavam emergência pelas chuvas.

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De acordo com dados do Comitê de Monitoramento de Estiagem do Nordeste, parte dos municípios de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará enfrenta o sexto ano consecutivo de estiagem. No mês de abril, Pernambuco decretou emergência ou calamidade, por seca, em 56 dos 185 municípios. Em Alagoas, esse número chegou a 77 das 102 cidades.

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Na prática, de um dia para o outro, famílias que dependiam de caminhão-pipa para ter água em casa perderam tudo o que tinham com as enchentes. Uma das cidades pernambucanas a viver esta situação é Caruaru. Um dos maiores do Agreste do Estado, o município enfrenta grave crise no abastecimento de água.

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Morador do bairro do Salgado, o comerciante Hélio Souza, de 45 anos, lamenta os prejuízos causados pelas enchentes, que se somam aos custos que já vinha tendo com a estiagem. Dono de dois pontos comerciais, ele gastava cerca de R$ 450 por semana para abastecer as cisternas e garantir água aos clientes. Com as chuvas, teve perda total em um de seus pontos, no bairro de Pinheirópolis. “A água invadiu tudo.”

No campo

Em Alagoas, a situação da agricultora Josélia Freitas é bem parecida. Moradora de União dos Palmares, na Zona da Mata, ela enfrentou rodízio no abastecimento de água, por causa do nível baixo do Rio Mundaú, até o mês passado. Agora, o nível do rio subiu tanto que a Defesa Civil recomendou que os ribeirinhos deixassem as moradias e procurassem abrigo em locais seguros. Josélia saiu do imóvel onde morava, com o marido e três filhos, e está abrigada na casa de parentes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.