Balanço divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que 6.394 profissionais formados no Brasil se inscreveram para trabalhar no Mais Médicos até o final da manhã desta quinta-feira, 22. Do total, no entanto, foram validados 2.812 pedidos. As demais inscrições foram anuladas por apresentarem inconsistências nos dados apresentados. Dos inscritos efetivados, 2.209 já escolheram os locais onde vão trabalhar.
As inscrições para o Mais Médicos tiveram início nesta quinta-feira, 21. O edital, com regras mudadas e cronograma mais curto, foi aberto para repor as vagas atualmente ocupadas por profissionais cubanos, que vieram trabalhar no País graças a um termo de cooperação firmado com o governo daquele país e intermediado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Na semana passada, em uma reação a declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o governo de Cuba decidiu interromper o programa. Os 8.332 profissionais já encerraram suas atividades e retornam à ilha a partir desta quinta. A previsão da Opas é de que todos deixem o Brasil até dia 12 de dezembro.
O sistema de inscrição para o Mais Médicos continua instável. Na quarta-feira, o site recebeu mais de um milhão de acessos, número que representa o dobro de médicos em atividade no País. Para o Ministério da Saúde, a procura exagerada foi reflexo de ataque ao sistema.
Em nota, a pasta informou que o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (SUS) identificou a maior parcela dos robôs e máquinas programadas que estão promovendo os ataques ao site dos Mais Médicos. “Nesta manhã, a equipe de segurança do sistema estará isolando e protegendo a rede desses ataques”, informa o texto. A previsão é de que o sistema se estabilize no início da tarde desta quinta.